Conheça a história de mulheres que marcaram a história de nosso país
Em março, aproveitamos o Dia Internacional das Mulheres, para refletir sobre a importância da equidade de gênero, o combate ao feminicídio e o respeito às mulheres por todo o mundo. A data é alusiva a um movimento operário, mas se tornou um evento anual reconhecido no mundo todo após ser validado pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Em países como Rússia, França e Nepal, virou um feriado nacional. No Brasil, há duas versões do movimento: um que move o comércio, aquecendo o mercado de floricultura e presentes e outro que cria marchas, palestras e dialoga sobre a igualdade de gênero.
Hoje, preparamos uma lista especial com histórias incríveis de mulheres brasileiras que foram precursoras e que todo mundo deveria conhecer.
Clarice Lispector – foi uma escritora, jornalista e diplomata brasileira. Tornou-se um dos maiores nomes da literatura do país no século XX e é considerada a maior escritora judia desde Franz Kafka.
O que muitos não sabem, é que Clarice nasceu na Ucrânia e foi naturalizada brasileira. A sua família emigrou para o Brasil, após o início das perseguições aos judeus na Rússia. Quando adulta escreveu diversas obras como romances, novelas, contos crônicas e até literatura infantil.
A sua entrevista em um programa de TV da época, viralizou recentemente nas redes sociais, após ser usada como referência no videoclipe “Penhasco”, da cantora Luísa Sonza. Seus textos ainda são considerados muito atuais e dialogam com vários públicos, mostrando que a obra de Clarice permanece relevante para a literatura brasileira.
Maria Quitéria – A história dessa guerreira brasileira parece muito com a de “Mulan” da Disney, mas essa é real e muito importante para a história do Brasil.
Ela foi a primeira mulher a integrar as forças armadas brasileiras e teve que se disfarçar de homem para conseguir fazer parte das tropas que lutaram pela independência do Brasil. Quando a sua identidade foi revelada, Quitéria foi aceita no exército, por causa de sua facilidade no manejo de armas e disciplina no combate.
O soldado Medeiros, como era chamada, tornou-se a cadete Maria Quitéria, que montou seu próprio grupo composto por outras mulheres e virou heroína da independência. Por sua coragem, tornou-se simbolo da emancipação feminina e exemplo para todas as mulheres do país.
Elis Regina – É considerada por muitos como a melhor cantora de todos os tempos, o que muitos não sabem é que ela começou a cantar com 11 anos de idade em uma rádio, onde foi chamada para trabalhar. Em 1960 foi contratada pela mesma rádio e ganhou o prêmio de “Melhor cantora do rádio”.
As suas músicas fogem do habitual e desafiam a pensar por um outro ponto de vista. Ela fez da sua voz uma potente lança contra as injustiças, encabeçou lutas importantes, foi investigada pelo DOPS, orgão de repressão da ditadura, por andar com o movimento negro e cantar músicas de compositores tidos como “subversivos”.
A sua história e sua voz ecoam na vida de várias mulheres e homens por todo o Brasil, destemida, não se calava para ninguém, o que lhe rendeu o apelido de “pimentinha” por Vinícius de Moraes.
Maria da Penha – Ela motivou a criação de uma das leis mais importantes do país, que recebeu o seu nome, pela importância que a sua luta teve na contribuição ao combate à violência doméstica. A sua trajetória em busca de justiça durou 19 anos e 6 meses.
História: Em 1983 Maria da Penha sofreu um atentado contra a sua vida, foi atacada pelo próprio marido enquanto dormia. Levou um tiro na coluna, que a deixou paraplégica. O marido disse à Polícia que se tratava de um assalto, o que foi desmentido pela perícia.
Quatro meses depois do ocorrido, ele a manteve em cárcere privado por 15 dias e tentou eletrocutá-la durante o banho. Em 1991, saiu o julgamento contra ele, mas apesar de ser condenado a 15 anos de reclusão, saiu do fórum em liberdade devido à defesa do caso. Em 1996 ele foi condenado a mais de 10 anos, mas novamente saiu do fórum normalmente.
Em 1998, o caso tomou proporções internacionais e em 2001, a Comissão Internacional de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH/OEA) fez algumas recomendações para que o governo brasileiro parasse de negligenciar a violência contra a mulher. Após debates e construções sociais, em 2006 foi aprovada a lei 11.340, conhecida como lei Maria da Penha.
A sua história de luta deixa uma lição e um legado para as mulheres de todo o Brasil. A violência doméstica não pode ser tolerada e deve ser punida imediatamente.
Além dessas mulheres com histórias incríveis, nós temos muito orgulho daquelas que fazem parte da história da Lavanderia 60 Minutos. Em nossas redes sociais, divulgamos um vídeo mostrando várias mulheres que são nossa inspiração e constroem junto conosco a maior rede de lavanderias self-service da América Latina. Clique aqui para assistir.
Nós sabemos que na sua vida, você também tem mulheres que te inspiram. Então, demonstre gratidão sempre que possível. Não é só no dia ou no mês da mulher que elas devem ser lembradas, o respeito e o agradecimento devem ser constantes.
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